quinta-feira, 14 de outubro de 2010

"... Tenho me sentido legal. Mais é um legal tão merecido, batalhado."

"No meu demente exercício para pisar no real, finjo que não fantasio. E fantasio, fantasio"

"Na minha memória - tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos"

"Meu ser é de faca não de flor."

"e eu continuo batendo batendo batendo batendo batendo batendo nessa porta que não abre nunca ."

"Tô exausta de construir e demolir fantasias... "

"Aos poucos a gente vai mudando o foco. E o lugar nem te acrescenta mais, você começa a precisar de outros lugares. E de outras pessoas. E de bebidas mais fortes."

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Um dia me disseram que "quanto mais alto o vôo, maior a queda". Eu custo a acreditar nisso... Porque na verdade nunca tive medo de voar. E talvez esse ditado popular fosse uma maneira de conseguir oprimir desejos e planos otimistas. Eu vivo o hoje, mesmo que pense no amanhã. Não deixo de viver nunca por causa do medo de cair ou de dar com a cara no muro. Realidade demais para você? Pra mim não, porque no meu Reino sonho vira realidade, sim. E voar é para os que tem asas e não para qualquer um. Para mim, quanto mais alto o vôo, mais bela a vista. ( Rainha de Copas)
Na minha casa se dizia eu te amo o tempo todo: Mãe, me acorda às seis, te amo. Saí pra comprar pão, amo vocês. Desculpa por ter sido grossa, e obrigada por me amarem mesmo assim. O amor estava nas brigas, nas cócegas, nas cantorias na cozinha e em todos os outros espaços da casa.

Deve ter mais alguém que caiu nesse planeta solidão por acaso e não entende de fingir. Estou aqui, perambulando sem espaço, sem rumo, sem nexo, mas sei que estou certa. Você vê? isso que foi ensinado de negligenciar carinho, é coisa de gente que não tem carinho pra oferecer. Todo mundo, bem lá por dentro, quer esse amor de graça que parece só existir em mim.

Agora, Tragam-me o horizonte.
Não pretendo te contar sobre minhas lutas mentais. Você terá nas mãos minha simplicidade e minha leveza, que podem não ser totalmente verdadeiras, mas foram criadas com muito carinho pra não assustar pessoas como você. Não vou ficar falando sobre a complexidade dos meus pensamentos, minha dualidade ou minhas dúvidas sobre qualquer sentimento do mundo. Vou te deixar com a melhor parte, porque eu sei que você merece. Guardo pra mim as crises de identidade e a vontade de sumir. Não vou dissertar sobre minhas fragilidades e minhas inseguranças. Talvez eu te diga algumas vezes sobre minha tristeza, mas só pra ganhar um pouquinho mais de carinho. Ofereço meu bom humor e minha paciência e você deve saber que esta não é uma oferta muito comum.

Se você tivesse chegado antes, eu não teria notado. Se demorasse um pouco mais, eu não teria esperado. Você anda acertando muita coisa, mesmo sem perceber. Você tem me ganhado nos detalhes e aposto que nem desconfia. Mas já que você chegou no momento certo, vou te pedir que fique. Mesmo que o futuro seja de incertezas, mesmo que não haja nada duradouro prescrito pra gente. Esse é um pedido egoísta, porque na verdade eu sei que se nada der realmente certo, vou ficar sem chão. Mas por outro lado, posso te fazer feliz também. É um risco. Eu pulo, se você me der a mão.

Você não precisa saber que eu choro porque me sinto pequena num mundo gigante. Nem que eu faço coisas estúpidas quando estou carente. Você nunca vai saber da minha mania de me expor em palavras, que eu escrevo o tempo todo, em qualquer lugar. Muito menos que eu estou escrevendo sobre você neste exato momento. E não pense que é falta de consideração eu dividir tanto de mim com tanta gente e excluir você dessa minha segunda vida, porque há duas maneiras de saber o que eu não digo sobre mim: lendo nas entrelinhas dos meus textos e olhando nos meus olhos. E a segunda opção ninguém mais tem.